Com audiência marcada para as 11h do último dia 22 de setembro, um grupo de “peso” representou as entidades envolvidas na restauração da Rua Vidal Ramos. Estiveram presentes lideranças do Sebrae-SC, Fecomércio-SC, Senac da Grande Florianópolis, CDL e ACIF, além dos membros da Diretoria do Sindilojas, Paulino de Melo Wagner, Rose Coelho e do presidente Marcelo May Philippi e a executiva Cristiana Teske Veiga de Oliveira. O objetivo era comum: buscar apoio do Poder Público em mais uma parceria público-privada.
Para a maioria da população, a memória que se tem da Rua Vidal Ramos, no Centro da Capital, é de rua “modelo” de replicação em outros espaços na cidade e de outras em Santa Catarina e até no Brasil, através de mais de 13 missões trazidas em sua maioria pelo Sebrae para visitar e copiar o modelo e em reuniões com a associação de lojistas e comerciantes – uma troca crescente de experiências e informações.
Diretora de Marketing do Sindilojas e comerciante há mais de 30 anos na Vidal Ramos, a lojista Rose Macedo Coelho lidera novamente o movimento que desenvolveu o atual projeto ao longo dos últimos quatro anos e acredita que uma nova revitalização pode “reavivar” o local, atraindo maior movimentação de pessoas e impulsionando as vendas no Centro.
“Apesar de continuar tão charmosa quanto sempre foi, a Vidal está depreciada. Reavivar tudo isso pode incentivar que as outras ruas desenvolvam um projeto igual ou semelhante. Nossa audiência com o prefeito Topázio Neto foi com este intuito, de pedir socorro ao Poder Público e buscar o apoio financeiro do município na contrapartida”, comenta Rose.
De acordo com a diretora de Marketing do Sindilojas, o projeto deste ano é maior e também irá mexer na Escadaria do Rosário, ao lado da Vidal. O objetivo será homenagear e fazer um resgate da cultura negra do patrimônio histórico, contando, ao longo das 50 faixas de espelho da escadaria, a história da população escrava e afrodescendente que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico da nossa microrregião.
“Será uma homenagem aos escravos, que tanto contribuíram para a economia local e, inclusive, construíram a Igreja Nossa Senhora do Rosário”, explica Rose, acrescentando que o projeto prevê uma estética africana para o mosaico artístico, tornando a escadaria mais uma atração turística da cidade. Inicialmente, o prefeito Topázio Neto falou do caixa do Município e da ausência de uma verba específica, mas disse que os próximos meses serão de conversa e planejamento de uma possível concretização do projeto. “Com a chegada de final do ano e do Natal, as ações de execução ficariam para o ano que vem, mas tudo é possível, e sempre que há uma contrapartida, neste caso dos empresários, nos aqui, sempre acolhemos”, declarou.