O diretor financeiro do SINDILOJAS, Afonso dos Santos, participou como convidado da primeira reunião da Frente Parlamentar em Apoio ao Comércio Varejista. O encontro discutiu a concorrência das redes de varejo catarinense com o comércio eletrônico de outros países, principalmente vindo da China e Coreia do Sul. O debate foi realizado no último dia 2 de maio, na Assembleia Legislativa, com participação de representantes de entidades do varejo (CDL, Fecomércio, Fiesc), empresários do setor, Secretaria de Estado da Fazenda e deputados.
Os empresários argumentam que a concorrência com os sites de compra estrangeiros é desleal, o que prejudica a economia catarinense e consequentemente, a arrecadação estadual. O diretor do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e representante das Lojas Renner, André Pacheco, afirmou que os produtos geralmente chegam ao Brasil pelos Correios, com embalagens descaracterizadas, com valor declarado inferior ao preço pago pelo comprador. Apenas em 2022, segundo ele, a sonegação chegou a R$ 40 bilhões em imposto de importação e outros R$ 24 bilhões em ICMS. O dirigente utilizou gráficos para comprovar o aumento expressivo deste tipo de compra nos últimos quatro anos.
Coordenador da Frente Parlamentar, o deputado estadual Nilso Berlanda (PL) afirmou que a reunião foi uma oportunidade de ouvir entidades e empresários do varejo para discutir as principais dificuldades do setor. “É hora de dar vez e voz a quem gera emprego e renda em Santa Catarina. O setor é um grande arrecadador de impostos para o Estado e merece mais respeito dos órgãos públicos estaduais e nacional”, afirmou Afonso.
Ainda no encontro, o secretário estadual da Fazenda Cleverson Siewert apresentou um plano inicial de ações de combate à sonegação, visto que o assunto é complexo e atinge todo o país. Durante a reunião, ele prometeu levar o tema para a próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos 27 estados, ainda sem data prevista para ocorrer.
